Dias no Cárcere
Em bravos gritos
Escondo-me nas celas
Deste porão
Que a sociedade me colocou
Nenhum dos homens de preto
Estão aqui para ver o que passo
E muitos que fazem o que fiz
Não sabem a dor que sinto agora
Refém do meu arrependimento
Tratado como bicho numa jaula
Louco para me destruir
Ou destruir tudo quando sair
Meus dias são iguais
Meus mestres já não estão mais aqui
Alguns tombaram
Outros circulam livremente
Os grandes não conhecem
Este gosto amargo da fome
Nem o mau cheiro da cela
Somente sentem tranquilidade por me ver aqui
Os dias eternos passam
Onde não verei o mínimo de respeito
A minha vida e talvez, nem mesmo a sua
Pelas mãos dos “manos de lá”.
Desculpa, se choquei á alguns com esse poema que deveria ser intitulado "Sonata das Cadeias".
É fruto do que você talvez nunca veja.
Malu Freitas
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